02/02/2018 03:02
A Harley-Davidson é conhecida por não informar a potência produzida pelos motores V2 de suas motos e divulgar apenas dados de torque. Em 2018 a tradicional fabricante americana substituiu o motor Twin Cam lançado 20 anos atrás pelo novo Milwaukee-Eight, de 4 válvulas por cilindro e com torque superior, agora equipando as famílias Touring e Softail (que passou a incluir os modelos da antiga Dyna). Mas além da evolução em torque, quanta potência é capaz de alcançar?
Após o teste com a nova Fat Boy topo de linha, recém-lançada com o Milwaukee-Eight 114 (1.868cc), a levamos ao dinamômetro para revelar os números que faltavam. Na ficha técnica divulgada pela fabricante é possível encontrar o torque máximo de 16 kgf.m a 3.000 rpm, medido com o motor numa bancada fora da moto e diretamente no virabrequim (um padrão da indústria). Como há perda de energia para movimentar os sistemas de transmissão e rodagem, é natural que a medição dos números efetivamente entregues à roda resultem menores e, por esta razão, as fabricantes optam por informar dados aferidos no virabrequim. No caso da Fat Boy 2018 nosso dinamômetro revelou 87 cv a 5.000 rpm e 14,98 kgf.m a 3.000 rpm, ambos medidos na roda.
O preparador Marcelo Peixoto, responsável pela aferição, lembra que “o último motor Twin Cam 103 de 1.690cc, que equipava as Softail até o ano passado, rendeu 68 cv neste mesmo dinamômetro”. Em nossos testes de pista o tempo de aceleração 0-100 km/h da Fat Boy baixou de 6s20 com o Twin Cam 103 para 4s70 com o Milwaukee-Eight 114 (na linha 2018 também há uma opção R$ 6.500 mais barata com motor 107 de 1.745cc). Já em 6ª marcha a retomada de 60 a 100 km/h foi reduzida de 10s04 para 6s52.
Copyright Duas Rodas. Para adquirir direitos de reprodução de conteúdo, textos e/ou imagens: marcelo@revistaduasrodas.com.br
