"Agora estou no caminho certo", diz brasileiro Eric Granado após treinos da Moto3 na Espanha

O piloto admite que entrar no Mundial pela categoria de base é a melhor escolha e poderá aproveitar mais a experiência bem-sucedida no campeonato espanhol

27/02/2013 12:55



 

Por Marcelo Freire

A estreia de Eric Granado no Mundial de Motovelocidade, em junho de 2012, foi cercada de expectativa. Depois de alguns bons resultados no campeonato espanhol da categoria, o brasileiro de apenas 16 anos pulou direto para a Moto2, pilotando pela equipe JiR na pista de Silverstone, na Inglaterra, logo depois de atingir a idade limite para correr no Mundial. Mas a alta competitividade cobrou seu preço, e o novato conseguiu um 21º lugar como melhor resultado no ano, sempre andando nas últimas posições.

Para 2013, não houve alternativa senão dar um passo atrás e estrear na Moto3, categoria que terá sua segunda temporada neste ano com as monocilíndricas 4 tempos de 250cc, depois de aposentar as 125cc 2 tempos no final de 2011. “Agora estou no caminho certo, onde eu deveria estar desde o ano passado”, comenta o brasileiro em entrevista a Duas Rodas após a bateria de treinos da Moto3 na pista de Jerez, na Espanha, semana passada. “Evolui muito não só como piloto, mas como pessoa”, acrescenta, sobre a experiência complicada na Moto2.

Granado, agora pilotando uma Kalex KTM da equipe Mapfre Aspar, conquistou um 12º lugar no primeiro dia de treinos livres em Jerez, debaixo de chuva, caindo 7 posições no dia seguinte, com pista seca. Na semana anterior, nos três dias de testes em Valência (Espanha), o brasileiro havia tido um 21º lugar como melhor resultado. “Ainda preciso me adaptar à moto”, admite, elogiando também a ajuda do companheiro de equipe, o alemão Jonas Folger, que já venceu uma corrida na Moto3 no ano passado e é candidato ao título em 2013. Veja a entrevista abaixo.

DR - Qual sua avaliação sobre esses primeiros treinos da Moto3?

Foi muito positivo. Testamos a nova moto da Kalex, que é bem diferente, e sentimos as grandes mudanças no chassi e no motor. Além de tudo, estou me adaptando à categoria. Não fiquei na colocação que gostaria, mas nem eu nem a equipe estamos pensando nisso agora. O objetivo é evoluir e aprender com a moto, porque ela é muito diferente da Moto2.

Seu melhor desempenho nos testes foi debaixo da chuva, em Jerez, em uma condição que você costuma se dar bem em relação aos rivais. A chuva ajuda a reduzir a desvantagem pela inexperiência?

Realmente me adaptei muito bem no dia da chuva e fiquei feliz por ter terminado em 12º. O chassi é muito bom para andar no molhado, mas poderia ter sido ainda melhor, como os outros pilotos também. No seco, ainda preciso me adaptar mais à moto, e em Jerez treinei apenas um dia nessas condições. Os próximos quatro dias de treino, em março, novamente em Jerez, serão importantes para pegar a mão. A equipe está me ajudando bastante e até a primeira etapa, no Catar [em 7 de abril], a gente já vai estar mais adaptado à moto. Tenho muito mais condições de fazer melhor que na Moto2.

Qual experiência na Moto2 será mais importante nesse ano de estreia na Moto3?

O ano passado foi muito importante, por mais que eu tenha sofrido bastante sem bons resultados. Aprendi e evolui muito não só como piloto, mas como pessoa, por ter ido a vários lugares do mundo só com a equipe, sem meus pais, passando por dificuldade nas corridas. Do ano passado, trago a experiência de conhecer essas pistas porque, com relação aos pilotos, eles também são muito rápidos e já estão na Moto3 há um ano ou mais. Agora estou no caminho certo, onde deveria estar desde o ano passado, mas com certeza será difícil.

Na Moto3 você usa uma monocilíndrica de 250cc, um modelo com características mais parecidas às 125cc 2 tempos do Espanhol de Motovelocidade em relação à 600cc 4 cilindros que é utilizada na Moto2. A pilotagem também está mais semelhante ao que você estava acostumado?

Em termos de chassi e velocidade em curva, ela é muito parecida com a 125cc. É muito rápida em curva, com frenagem em cima, e o estilo de pilotagem é muito parecido. O funcionamento do motor, de 4 tempos, que é bem diferente.  Ele funciona mais parecido a uma Moto2 de 600cc, só que com um 1 cilindro apenas. Mas tem a embreagem anti-rebote, que a 125 não tem. Ou seja: a aceleração e o freio motor são bem diferentes, mas o estilo de pilotagem é parecido, e isso é o que eu mais trouxe para a Moto3.

E como está sendo o contato com o Jonas Folger, seu novo companheiro de equipe, que já tem um ano de experiência na categoria?

É sempre muito importante ter um companheiro de equipe mais experiente e que anda rápido, é uma grande referência para melhorar nas pistas. Eu me dou muito bem com o Folger, ele é um cara muito legal, tem 19 anos e a diferença de idade [três anos] não é tão grande. Estamos fazendo o papel de companheiros de equipe mesmo, trocando informações, eu pergunto onde ele acha que posso melhorar. Isso é importante porque os dois evoluem e fazem a equipe, na qual eu também confio muito, evoluir.

 Marcelo Freire

A estreia de Eric Granado no Mundial de Motovelocidade, em junho de 2012, foi cercada de expectativa. Depois de alguns bons resultados no campeonato espanhol da categoria, o brasileiro de apenas 16 anos pulou direto para a Moto2, pilotando pela equipe JiR na pista de Silverstone, na Inglaterra, logo depois de atingir a idade limite para correr no Mundial. Mas a alta competitividade cobrou seu preço, e o novato conseguiu um 21º lugar como melhor resultado no ano, sempre andando nas últimas posições.

Para 2013, não houve alternativa senão dar um passo atrás e estrear na Moto3, categoria que terá sua segunda temporada neste ano com as monocilíndricas 4 tempos de 250cc, depois de aposentar as 125cc 2 tempos no final de 2011. “Agora estou no caminho certo, onde eu deveria estar desde o ano passado”, comenta o brasileiro em entrevista a Duas Rodas após a bateria de treinos da Moto3 na pista de Jerez, na Espanha, semana passada. “Evolui muito não só como piloto, mas como pessoa”, acrescenta, sobre a experiência complicada na Moto2.

Granado, agora pilotando uma Kalex KTM da equipe Mapfre Aspar, conquistou um 12º lugar no primeiro dia de treinos livres em Jerez, debaixo de chuva, caindo 7 posições no dia seguinte, com pista seca. Na semana anterior, nos três dias de testes em Valência (Espanha), o brasileiro havia tido um 21º lugar como melhor resultado. “Ainda preciso me adaptar à moto”, admite, elogiando também a ajuda do companheiro de equipe, o alemão Jonas Folger, que já venceu uma corrida na Moto3 no ano passado e é candidato ao título em 2013. Veja a entrevista abaixo.

DR - Qual sua avaliação sobre esses primeiros treinos da Moto3?

Foi muito positivo. Testamos a nova moto da Kalex, que é bem diferente, e sentimos as grandes mudanças no chassi e no motor. Além de tudo, estou me adaptando à categoria. Não fiquei na colocação que gostaria, mas nem eu nem a equipe estamos pensando nisso agora. O objetivo é evoluir e aprender com a moto, porque ela é muito diferente da Moto2.

Seu melhor desempenho nos testes foi debaixo da chuva, em Jerez, em uma condição que você costuma se dar bem em relação aos rivais. A chuva ajuda a reduzir a desvantagem pela inexperiência?

Realmente me adaptei muito bem no dia da chuva e fiquei feliz por ter terminado em 12º. O chassi é muito bom para andar no molhado, mas poderia ter sido ainda melhor, como os outros pilotos também. No seco, ainda preciso me adaptar mais à moto, e em Jerez treinei apenas um dia nessas condições. Os próximos quatro dias de treino, em março, novamente em Jerez, serão importantes para pegar a mão. A equipe está me ajudando bastante e até a primeira etapa, no Catar [em 7 de abril], a gente já vai estar mais adaptado à moto. Tenho muito mais condições de fazer melhor que na Moto2.

Qual experiência na Moto2 será mais importante nesse ano de estreia na Moto3?

O ano passado foi muito importante, por mais que eu tenha sofrido bastante sem bons resultados. Aprendi e evolui muito não só como piloto, mas como pessoa, por ter ido a vários lugares do mundo só com a equipe, sem meus pais, passando por dificuldade nas corridas. Do ano passado, trago a experiência de conhecer essas pistas porque, com relação aos pilotos, eles também são muito rápidos e já estão na Moto3 há um ano ou mais. Agora estou no caminho certo, onde deveria estar desde o ano passado, mas com certeza será difícil.

Na Moto3 você usa uma monocilíndrica de 250cc, um modelo com características mais parecidas às 125cc 2 tempos do Espanhol de Motovelocidade em relação à 600cc 4 cilindros que é utilizada na Moto2. A pilotagem também está mais semelhante ao que você estava acostumado?

Em termos de chassi e velocidade em curva, ela é muito parecida com a 125cc. É muito rápida em curva, com frenagem em cima, e o estilo de pilotagem é muito parecido. O funcionamento do motor, de 4 tempos, que é bem diferente.  Ele funciona mais parecido a uma Moto2 de 600cc, só que com um 1 cilindro apenas. Mas tem a embreagem anti-rebote, que a 125 não tem. Ou seja: a aceleração e o freio motor são bem diferentes, mas o estilo de pilotagem é parecido, e isso é o que eu mais trouxe para a Moto3.

E como está sendo o contato com o Jonas Folger, seu novo companheiro de equipe, que já tem um ano de experiência na categoria?

É sempre muito importante ter um companheiro de equipe mais experiente e que anda rápido, é uma grande referência para melhorar nas pistas. Eu me dou muito bem com o Folger, ele é um cara muito legal, tem 19 anos e a diferença de idade [três anos] não é tão grande. Estamos fazendo o papel de companheiros de equipe mesmo, trocando informações, eu pergunto onde ele acha que posso melhorar. Isso é importante porque os dois evoluem e fazem a equipe, na qual eu também confio muito, evoluir.

APLICATIVO



INSTAGRAM