Clima, pneus e asfalto preocupam pilotos no GP da Argentina

06/04/2018 14:05

A classe máxima do motociclismo mundial terá a segunda etapa da temporada neste fim de semana, em Termas do Rio Hondo, Argentina. Vindos de uma disputa pela vitória até os últimos metros no GP do Catar, o líder do campeonato Andrea Dovizioso (Ducati) e Marc Marquez (Honda) afirmam que se sentem competitivos na pista argentina, mas que três variáveis criam incertezas sobre a etapa deste ano: “Nossa moto é melhor que a do ano passado e acho que podemos ser competitivos, mas o clima é uma questão, os pneus e o asfalto... há muitas coisas novas", disse Dovi.

Após uma semana de sol predominante, a umidade relativa do ar está alta e não se sabe se os treinos classificatórios e a prova de domingo ocorrerão sob as mesmas condições. Além de não se saber se os ajustes executados nas motos até sábado valerão também para as condições da pista no domingo, a possibilidade de oscilação entre pista seca e molhada acrescenta à equação as estratégias das equipes em caso de troca durante a prova e, claro, a maior aptidão de alguns pilotos em piso de baixa aderência. 

Quanto às novas alternativas de pneus, requerem ajustes adequados nas motos, adaptação dos pilotos e complicam a opção pelo componente que se converterá na melhor estratégia para a prova. Por fim, o reasfaltamento de parte do circuito também demanda familiarização dos pilotos com as condições de aderência e podem impactar ajustes e escolha de pneus se identificarem mudanças relevantes em relação ao asfalto antigo. 

Cal Crutchlow (LCR Honda), 4º colocado na prova passada com uma moto satélite, considerando o atual nível de competitividade na categoria e as novas variáveis deste fim de semana, disse que “há talvez 10 pilotos que podem estar no pódio". Com três pilotos de equipes satélites se destacando de maneira consistente desde a temporada passada (Johann Zarco, Danilo Petrucci e Crutchlow), outros três demonstrando potencial de ascensão (Jack Miller, Tito Rabat e Franco Morbidelli), as três duplas de fábrica que dominam o campeonato desde 2017 (Honda, Ducati e Yamaha) e a Suzuki constantemente entre os top 10, as possibilidades no pódio podem ser ainda maiores.  

 

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