Em dez anos, Kawasaki Ninja já foi 250, 300 e 400; relembre

31/10/2017 07:10

Em 2018, quando a nova Kawasaki Ninja 400 provavelmente substituirá a Ninja 300 no Brasil, a pequena esportiva estará completando dez anos no mercado local. O modelo original de 2008, a 250R, chegou ao país primeiramente importado de forma ainda independente antes que a Kawasaki inaugurasse a subsidiária e a linha de montagem em Manaus (AM) no segundo semestre daquele ano.

Inaugurava uma categoria intermediária entre as 250cc monocilíndricas e as 600cc oferecendo um novo patamar de potência e design inspirado por modelos de alta cilindrada: os 2 cilindros paralelos com refrigeração líquida e comando de válvulas duplo (4 válvulas por cilindro) rendiam 33 cv a 11.000 rpm e 2,2 kgf.m a 8.200 rpm para 169 kg em ordem de marcha. Era deficiente em baixas rotações e precisava de altos regimes para entregar sua melhor performance, capaz de alcançar 100 km/h em cerca de 9 segundos e passar de 150 km/h.

Concorrentes de outras marcas foram lançadas e quatro anos depois a Kawasaki apresentou uma nova moto para se manter na liderança de performance na categoria. A Ninja 300 tinha novo design mais arredondado e parecido com o das Ninja de alta cilindrada, dois faróis na dianteira, uma inédita embreagem deslizante e através da maior cilindrada buscava sanar a deficiência de torque para uso urbano. Passou a render 39 cv a 11.000 rpm e 2,8 kgf.m a 10.000 rpm para 175 kg em ordem de marcha na versão com ABS, ganho expressivo para um pequeno acréscimo de peso. Ainda privilegiando altas rotações, mas consideravelmente mais rápida em baixas (quando a 250 precisava que se “queimasse” embreagem), passou a atingir 100 km/h em 7 segundos e 170 km/h de velocidade máxima. A performance da Ninja 300 não teve concorrência até que a Yamaha lançou a R3 em 2015: 320cc que rendiam 42 cv a 10.750 rpm e 3 kgf.m a 9.000 rpm para 170 kg em ordem de marcha, portanto mais potência e torque em menos peso. A R3 sobressaiu principalmente pela progressividade do motor desde baixas rotações.         

Agora a Ninja 400 claramente busca mais torque do que potência. Os 45 cv a 10.000 rpm representam 15% mais potência e os 3,9 kgf.m a 8.000 rpm 40% mais torque. É importante notar que os regimes de rotações em que se dão potência e torque máximos passam a ser menores, indicativo de mudança no comportamento do motor em busca de uma progressividade inédita para a pequena Ninja em toda a faixa de rotações. O peso também foi reduzido em 8 kg por meio de um novo chassi de treliça. A Ninja 400 ainda não foi submetida a testes pela imprensa especializada, mas certamente será capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 6 segundos e alcançará 180 km/h reais. 

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