Longa duração: desmontamos a Yamaha Ténéré 250 após 60 mil km

Avaliamos a motocicleta em detalhes para concluir o teste mais longo já realizado no país

18/07/2014 16:43

Fotos: Mario Villaescusa

No fim de 2010 começamos o Teste de Longa Duração com a (então) recém-lançada Yamaha Ténéré 250. Inicialmente pensado para 20.000 km, o teste foi estendido para 60.000 km por uma única razão: o bom estado da moto na primeira desmontagem e a resposta positiva da Yamaha ao nosso convite para o teste mais longo já feito no país.

Na desmontagem o que vimos foi, mais uma vez, surpreendente: peças conservadas, mesmo depois do exaustivo uso durante estes três anos e meio. Nossa Ténéré não dormiu ao relento, nem passou longa temporada no litoral para sofrer com a maresia, mas apresentava pontos de oxidação na solda do suporte da pedaleira do garupa do lado esquerdo, no eixo do pinhão da relação secundária e nos parafusos traseiros de sustentação do motor. Nenhum destes sinais de corrosão é alarmante, todos são superficiais e uma boa limpeza seguida de lubrificação resolveria.

As peças plásticas estavam em bom estado e a principal observação fica por conta das abas laterais do tanque, que ficaram marcadas onde se apoiam as pernas do condutor. Os demais plásticos, como para-lama e laterais tinham as marcas da idade.

Mecanicamente o estado das peças da Ténéré também surpreende, nenhuma folga ou desgaste além dos limites de tolerância previstos pela fabricante. A compressão do cilindro estava até acima do padrão, mostrando que há muitos quilômetros pela frente. Basta comprovar pelo estado do cilindro, impecável e preservando as marcas de brunimento, sinal que o tratamento cerâmico de suas paredes é eficaz. As medições confirmam as boas condições da maioria das peças – veja a tabela na edição impressa de Duas Rodas.

O que mostrou algum cansaço foram as suspensões, mas não por causa de vazamentos: o amortecedor traseiro cedia mais fácil ao movimento do que no começo desta viagem, ainda nada que comprometesse a segurança. As bengalas tinham certo desgaste no cromo dos tubos, mas conservaram-se secas, sem resquícios de óleo.

A única peça com medida fora da especificação de fábrica foi o disco de freio traseiro, com espessura de 3,6 mm, quando o mínimo deve ser de 4 mm, o que obrigaria à substituição.

Em resumo, a XTZ 250 Ténéré foi aprovada com louvor.

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