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10/12/2020 16:54
O piloto Leandro Mello acelerou em nossa pista de testes as esportivas mais avançadas à venda no Brasil. A BMW S 1000 RR na nova versão com pacote esportivo M e a atualização da Ducati Panigale V4 S, que recebeu itens vindos da versão R do Campeonato Mundial de Superbike.
Ambas se enfrentaram recentemente nas avaliações para o prêmio Moto do Ano, vencido pela BMW pelo critério de notas por quesitos. Mas ainda faltava uma disputa cronometrada e com medições de nosso equipamento de telemetria para mostrar com número qual é mais eficiente. Além das impressões de pilotagem do experiente Leandro Mello.
A superbike alemã, agora com o pacote esportivo M, é identificada pela pintura de padrão tricolor tradicional da divisão esportiva Motorsport e custa R$ 118.750 ou R$ 20 mil a mais que o modelo padrão.
E tem outras novidades projetadas para quem gosta de acelerar em circuitos fechados: rodas de fibra de carbono e bateria de lítio respondem pela maior parte da redução de peso de 3,5 kg.
Não só o peso total foi diminuído, mas a roda dianteira 1,7 kg mais leve potencializa mudanças de direção mais rápidas. Também é possível ajustar a distância entreeixos no braço oscilante da suspensão traseira para encontrar a receita ideal entre agilidade e estabilidade, dependendo do circuito.
Sem modificações no sistema de exaustão ou conjunto de motor e câmbio, a S 1000 RR M permanece rendendo até 207 cv a 13.500 rpm e 11,5 kgf.m a 11.000 rpm. Nesta geração da superbike, a adoção do comando de válvulas variável na admissão (ShiftCam) do 4 cilindros melhorou as respostas em baixas e médias rotações.
Aos modos de pilotagem Rain, Road, Dynamic e Race são adicionados os controles Pro para pista fechada, que incluem controle de largada e limitador de velocidade em pit-lane. O painel TFT de 6,5 polegadas se adapta a diferentes tipos de uso, para estrada ou circuito, quando o conta-giros ganha destaque no display (estilo pode ser com ponteiro ou barras).
Já a Ducati Panigale V4 S passou a ser vendida no Brasil com as mesmas atualizações apresentadas na Europa para 2020. Principal preocupação da Ducati foi torná-la mais fácil de pilotar (e rápida nos tempos de volta), o que incluiu uma série de revisões, algumas delas vindas da experiência no Campeonato Mundial de Superbike com a versão V4 R.
As modificações atingem chassi, suspensões, eletrônica e aerodinâmica. O chassi é o mesmo da V4 R, que tem rigidez alterada nas laterais buscando melhor “feeling” da dianteira nas inclinações. As suspensões eletrônicas Öhlins também foram recalibradas.
Na parte eletrônica, mapas de entrega de potência, controle de tração e respostas do acelerador eletrônico foram revistos buscando mais linearidade nas reações e previsibilidade. O quickshifter ficou mais rápido nas elevações.
Com as modificações, a marca italiana promete mais rapidez e estabilidade nas entradas de curva, e facilidade para controlar a aceleração na saída.
As evoluções aerodinâmicas vieram da V4 R, com para-brisa maior e com ângulo mais pronunciado para proteção adicional ao piloto. Carenagem frontal ficou mais alta e larga na zona que protege os braços, reduzindo as perdas aerodinâmicas nas retas.
As carenagens laterais foram alargadas para reduzir o impacto do deslocamento do ar no piloto. Orifícios para entrada de ar maiores aumentam a velocidade de passagem pelos radiadores de água e óleo em 6% e 16%, respetivamente.
Por fim, a inclusão das asas exerce uma pressão aerodinâmica contra o solo de até 30 kg a 270 km/h. Assim a roda dianteira oscila menos em alta velocidade e também são beneficiadas estabilidade em frenagem e entrada de curva.
O motor da Ducati Panigale V4 S tem 1.103cc dispostos em duas bancadas de cilindros a 90º. Produz até 214 cv a 13.000 rpm e 12,6 kgm a 10.000 rpm, para uma esportiva de 174 kg a seco. O preço é de R$ 129.990.
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