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28/11/2014 11:39
Texto: Ismael Baubeta fotos: Mario Villaescusa
Provavelmente, quando a Dafra lançou o Citycom 300, não imaginava o sucesso que o scooter alcançaria, embora a aposta fosse bem fundamentada. A nova aposta da marca é no irmão maior Maxsym, que entra para brigar no nicho onde, até agora, só a Suzuki estava presente com o Burgman 400, um scooter bonito, cheio de espaço, vistoso e também caro. É com este último quesito que a aposta da Dafra ganha impulso para emplacar, afinal o Maxsym tem os mesmos atributos, mas impressionantes R$ 7.810 a menos na etiqueta. Se fossem infinitamente diferentes, talvez o preço deixasse de ser preponderante, só que os comportamentos são semelhantes e a exorbitância da diferença chega a ser difícil de engolir...
O que dizer do Citycom, o irmão menor e precursor da marca entre os scooters de maior cilindrada, que custa aproximadamente R$ 6.050 a menos? Será que pode ser considerada uma opção concorrente (dentro de casa), já que é comprovadamente um ótimo scooter? Em alguns aspectos, não. Por exemplo, quando você acelera o Maxsym, apesar da resposta ser bem imediata, ele ganha velocidade rápido até 80 km/h, daí em diante, fica algo preguiçoso para continuar a evolução.
Visualmente imponente, o Maxsym é grande e largo o bastante para fazer frente ao Burgman 400. Há bastante espaço para as pernas do condutor e para se acomodar com o passar das horas ao guidão, o bom encosto para a lombar de quem o dirige pode ser ajustado em três alturas conforme a estatura e o passageiro também conta com apoio de série. O Maxsym tem boa espessura na espuma do banco e garante conforto para suportar bastante tempo rodando sobre ele. O garupa vai bem acomodado e as pedaleiras e alças garantem a boa sustentação.
O painel é completo e além do velocímetro e conta-giros analógicos, tem um mostrador digital completo. Os marcadores de combustível e de temperatura do motor também funcionam com ponteiros.
Protegido na estrada
O espaço sob o banco é bem maior no Maxsym do que no Citycom, há capacidade para quase dois capacetes integrais, quase porque dependendo do formato de seu casco pode caber somente um. Segundo a fábrica, por solicitação de clientes e concessionários do Sul do país foi instalado um sistema de saída de ar quente para as pernas do condutor, uma bela arma contra o frio cortante da região, inédita até então no segmento. Para completar o bom pacote de acessórios, a Dafra colocou regulagem no para-brisa que pode variar em 5 cm a altura e melhora a proteção contra o vento na estrada, mantendo a opção de ficar mais baixo para refrescar em situações de calor intenso no trânsito urbano.
Apesar do porte avantajado do Maxsym, é bastante ágil e a sensação do peso não prevalece, a não ser ao estacioná-lo e subi-lo no cavalete central, movimento que exige alguma força. A tocada é fácil e tranquila, com suspensão dianteira macia para favorecer o conforto, mas que em velocidades mais altas desfavorece a dirigibilidade. Em curvas rápidas de raio longo é nítida a sensação de torção do conjunto e, apesar de estar equipado com rodas de aro 15 polegadas na dianteira e 14 na traseira, as balançadas são constantes nestas situações, principalmente se o asfalto não for dos melhores, causando algum desconforto, embora não seja condição crítica para a segurança.
O sistema de freio tem boa pegada inicial, são três discos assistidos por ABS da alemã Bosch. Na prática responde bem ao acionamento dos manetes, que endurecem e vibram um pouco quando o sistema de segurança entra em ação. O maior peso faz com que percorra mais espaço para estancar quando comparado ao Citycom. Com uso intenso também reparamos que há maior probabilidade de fading por aquecimento, ou seja, perda de pressão e eficiência.
Os atributos do Maxsym são suficientes para credenciá-lo como um bom negócio, embora em alguns aspectos o irmão Citycom seja melhor. Os R$ 21.290 pedidos nas lojas são justos pelo que oferece, e se o Burgman 400 já é pouco visto pelas ruas, agora pode desaparecer.
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Veja o vídeo de apresentação do modelo:
