250 por preço de 150

Recém-lançada pela Traxx, a Fly marca a entrada da marca na categoria de 250cc mirando as concorrentes de menor cilindrada

10/03/2015 09:36

Fotos: Mario Villaescusa

A Traxx começou a vender no início deste ano a Fly 250, sua primeira motocicleta nessa faixa de cilindrada. Por R$ 9.390 o modelo vem brigar por um espaço entre as trail de entrada Honda Bros 160 e Yamaha Crosser 150. Visualmente a Fly segue a tendência de design da categoria, mas procura inovar com soluções como os piscas de LED acoplados às abas laterais do tanque de combustível. A suspensão dianteira de bengalas douradas e invertidas chama atenção no conjunto, que também incorpora discos de freio às rodas de 19 polegadas na dianteira e 17 na traseira.

O nível de acabamento deixa um pouco a desejar quando comparada às representantes de Honda e Yamaha. O painel é simples, com velocímetro analógico e à direita, em um pequeno display digital, estão indicador de marcha engatada, marcador de combustível, hodômetro e um discreto conta-giros numérico, de difícil leitura. Uma de suas qualidades está na ergonomia, que determina uma posição de pilotagem relaxada e adiantada, na qual o condutor vai quase sobre o tanque com o guidão bem perto do tronco. A espuma do banco é macia e garante boa dose de conforto.

O novo motor da Traxx, seu principal apelo, é alimentado por injeção eletrônica e tem 223cc, 2 válvulas e refrigeração a ar e óleo. Segundo a fábrica, gera 16 cv a 7.500 rpm e 1,7 kgf.m de torque a 6.000 rpm, um rendimento específico baixo considerando a cilindrada, mas que entrega respostas de fato mais rápidas. A superioridade numérica frente à Bros (14,5 cv a 8.500 rpm e 1,46 kgf.m) e Crosser (12,2 cv a 7.500 e 1,28 kgf.m) se confirmou nos testes de aceleração e simulações de velocidade final, pouco acima dos 100 km/h. Em resumo, anda mais, apesar de o motor ter as desvantagens do funcionamento ruidoso, vibração e não poder ser abastecido com etanol como as outras duas.

A suspensão da Fly 250 é um mais “mole” e transmite ao corpo do condutor parte de seus movimentos. Nas curvas mais rápidas e nas frenagens a oscilação fica evidente. A Crosser, das três, é a que tem o melhor acerto de suspensões para o asfalto, permitindo uma tocada forte e segura, enquanto a Bros tem ajuste mais confortável, sem ser mole demais, favorecendo o uso fora de estrada.

Prós e contras

O ponto negativo da Fly está nos freios, com o dianteiro de tato borrachudo e que precisa de mais força aplicada à alavanca para estancar a moto. Ela precisa de muito mais espaço em comparação com Bros, a mais eficiente, e Crosser. Depois da sequência de frenagens a alavanca de freio, que já trabalha perto da manopla, praticamente encostava. Os pneus Rinaldi mostraram-se menos aderentes que os Pirelli (Bros) e Metzeler (Crosser), inclusive nas frenagens mais fortes, provavelmente por causa do maior compromisso com o rendimento quilométrico.

A Traxx Fly 250 já está à venda por R$ 9.390 e em breve receberá a companhia de uma versão street 250. A Yamaha Crosser parte de R$ 9.350 e a Honda Bros 160 de R$ 9.811. Também anda mais, mas perde no conjunto ciclístico para as concorrentes. 

Comparativo trail 150: Honda Bros versus Yamaha Crosser

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