Primeiras impressões: KTM 390 Duke

Nosso editor de testes pilotou a novidade em um kartódromo e conta se valeu a espera

12/08/2015 12:46

Texto: Ismael Baubeta                   fotos: KTM

A KTM finalmente apresentou a esperada Duke 390 montada em Manaus (AM). Pelo design agressivo de linhas recortadas e pontiagudas pode-se dizer que se trata de um streetfighter, mas também poderia facilmente ser chamada de supermotard. Fato é que não importa o estilo que você queira lhe emprestar, a questão é que estamos falando de um modelo que oferece pura diversão.

O local escolhido para o lançamento foi o Kartódromo Internacional de Nova Odessa, na região de Campinas (SP), circuito travado e sinuoso que mostrou exatamente para que esta moto foi idealizada: oferecer respostas rápidas, agilidade e curtição. Além de ser bonita e chamativa, esta Duke é esguia, bem magrela. A primeira impressão é que ela poderia ser uma 200cc (e de fato compartilha a estrutura com a versão 200, que começará a ser vendida em setembro). Compacta, estreita e leve como uma Yamaha Fazer 250, basta ligar o motor e fazer uma largada para deixar a falsa impressão lá atrás.

A ergonomia é boa e o guidão largo a aproxima das motos off-road pela posição, sem ser tão baixo quanto nas Kawasaki 300. Característica do estilo motard, o banco é estreito, e o encaixe das pernas no tanque esta na medida certa, porém a espuma do banco é escassa, dura até. Teremos que andar por mais tempo sobre a moto para atestar seu conforto em jornadas longas.

O motor monocilíndrico de 373,2cc gera 44 cv de potência a 9.500 rpm e torque de 3,57 kgf.m a 7.250 rpm, tem refrigeração líquida e ótimas respostas ao giro do acelerador. Em baixas rotações é um pouquinho moroso, mas quando começa a se aproximar de 5.500/6.000 rpm enche os pulmões e começa a mostrar o vigor que falta até ali. Não é como a Kawasaki Z300, que acorda de verdade em altas rotações; na KTM a diversão começa antes e isso rende acelerações mais rápidas.

As suspensões funcionam muito bem, as bengalas invertidas de 43 mm de diâmetro e 150 mm de curso copiam o asfalto com eficiência e garantem contornos de curva com precisão. O mesmo pode-se dizer da suspensão traseira monoamortecida com curso igual (acima da média para uma naked, que costuma ficar perto de 120 mm) e que “conversa“ muito bem com o asfalto. O conjunto de suspensões com o belo chassi em treliça de aço larana a deixa extremamente ágil e rápida nas mudanças de direção, precisa e muito fácil de levá-la de lado a lado, em qualquer tipo de curva, sem balanços ou movimentos estranhos.

O sistema de freio da 390 é composto por um disco de 300 mm de diâmetro e pinça radial de quatro pistões. Na roda traseira o disco tem 230 mm e a pinça um único pistão. De série os freios são assistidos por ABS e tem ótima pegada, mas podem ser desligados se você estiver confiante de que pode manejá-los ao limite com mais eficiência que a eletrônica fornecida pela Bosch. Uma pitada de tempero a mais para quem gosta de esportividade. 

Esta KTM é a síntese do espírito da marca austríaca, uma moto pronta para injetar endorfina em sua corrente sanguínea assim que o punho é girado. Vale a pena conferir num test-ride. Só há uma versão da 390 (equipada com ABS) e duas cores: branca e preta. O preço é de R$ 21.990, o mesmo da nova Yamaha R3 e da Kawasaki Ninja 300 também com ABS.

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