Indian quer ser a nova referência de touring clássica

Marca quer acabar com a tranquilidade das touring da Harley-Davidson, que há muitos anos são as preferidas de brasileiros e americanos

22/04/2016 11:34

Pode não ser novidade que a Indian pretendia vender no Brasil mais que a clássica Chief, até porque a mesma base serve também para outros modelos. Assim era natural que as touring Chieftain e Roadmaster estivessem nos planos de lançamento, embora aqui no país a marca preferisse começar concentrando esforços em seus modelos de maior apelo histórico e potencial de vendas, Scout e Chief, para depois completar a linha. Agora estão nas lojas também a bagger Chieftain, com malas laterais rígidas e carenagem mirando a Harley-Davidson Street Glide, enquanto a topo de linha Roadmaster, que inclui na receita top case e encosto para passageiro, entra nos domínios da consagrada Electra Glide Ultra.

Nas duas novidades o ponto de partida é o conjunto mecânico da Chief, que já se provou eficiente com o bem disposto motor V2 de 1.811cc, comportamento suave e que vibra pouco, montado em um chassi de alumínio forjado para reduzir peso e torções. Além de reduzir a exposição a vento e chuva, a carenagem frontal incorpora um para-brisa com ajuste elétrico de altura, faróis auxiliares, sistema de som bluetooth e mais informações para o condutor, já que na Chief o espaço é limitado – o velocímetro é montado sobre o tanque com um pequeno display central revezando os dados.

O painel de Chiefain e Roadmaster soma um conta-giros analógico e um display digital maior que também informa a temperatura selecionada para o aquecedor de manoplas, pressão nos pneus, tempo e distância de viagem, velocidade média, consumo instantâneo e médio, autonomia do tanque, horas acumuladas de operação do motor (horímetro), vida útil do óleo e voltagem da bateria. Tudo é acionado por comandos ao lado da manopla esquerda, sem que seja preciso mover a mão para o centro do painel.  À direita permanecem os comandos de partida e cruise control da Chief.

Na Roadmaster o para-brisa é maior, duas carenagens laterais protegem as pernas e incorporam porta-objetos e o farol é de LEDs. As diferenças entre os dois modelos estão principalmente atrás, porque na Roadmaster as pedaleiras são substituídas por plataformas ajustáveis em altura e ângulo e a inclusão de top case mais que dobra a capacidade para bagagem (de 65 litros para 142), além de incorporar encosto e caixas de som traseiras. A abertura das malas pode ser manual ou por controle remoto, assim como na Chieftain. Outro diferencial de conforto com atenção especial ao passageiro é o aquecedor de banco com ajustes individuais de temperatura.

Para quem são

Não se trata de um modelo necessariamente superior a outro, mas de propostas distintas, assim como acontece com as Harley Street e Electra Glide: as baggers têm um mercado muito maior nos Estados Unidos porque também são usadas em ambiente urbano sem garupa basicamente pelo mesmo comprador de custom, que busca conforto adicional. Esse nicho ainda não está maduro no Brasil, onde geralmente parte-se direto para a topo de linha de uso restrito ao ambiente rodoviário e que faz mais sentido acompanhado por causa do peso extra na traseira – a bagger se transforma em degrau, por causa do preço. No caso das Indian a distância é de R$ 15 mil, com preços de R$ 99.990 para a Chieftain (R$ 10 mil a mais que a Chief Vintage) e R$ 114.990 para a Roadmaster. A primeira terá opções vermelha e preta, esta a cor única da Roadmaster. O posicionamento da Chieftain é o mesmo da Street Glide Special com motor 1.690cc (a CVO com 1.800cc custa R$ 134.200) e o da topo de linha está acima da Ultra Limited também com 1.690cc (R$ 102.800), mas bem abaixo do valor da CVO Limited 1.800cc (R$ 151.200). 

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