Campeão de 2020, Mir cutuca Suzuki e Rins em entrevista

Piloto da MotoGP diz que hoje é um piloto melhor, mas não pode vencer sem a moto certa

25/01/2022 10:27

O campeão de 2020 Joan Mir (Suzuki) atravessou um ano difícil na última temporada, em que defendia o título de pilotos. Sem vitórias, manteve a característica consistência que lhe valeu o título e ainda esteve no pódio seis vezes – terminou o campeonato na 3ª posição.

Em entrevista a uma publicação alemã ele argumentou que é um piloto em ascensão, que só tem 24 anos e está evoluindo ano após ano, mas que não pode lutar por vitórias sem uma moto equivalente às mais rápidas do grid. “Se tivermos velocidade vamos lutar por vitórias, mas se não temos o pacote só posso tentar tirar o máximo de cada corrida e trazer a moto de volta ao pit. No final é o que dá mais pontos.”

Mir também critica o companheiro de equipe Alex Rins por cair tanto nas provas (e quase sempre sozinho) quando está na zona de pontuação, embora não mencione o nome do compatriota espanhol que terminou a última temporada na 13ª posição. “Nada muda se você começa um pouco melhor e depois cai. Levar as corridas até o fim também é importante para fornecer informações aos engenheiros que melhorarão a moto.” E completa: “Não podemos nos esquecer que a Suzuki só tem duas motos na pista.”

O piloto da Suzuki segue defendendo a importância da consistência ao afirmar que lutou pelo título em 2020 e que isso “torna mais difícil assumir o risco para vencer”. Mir sustenta que se não estivesse preocupado com o título da temporada passada “certamente teria vencido mais corridas.” 

Ao ser questionado se a ausência de uma equipe satélite para ajudar no desenvolvimento das motos seria o maior problema da equipe ele responde que outro time “ajudaria, mas não é o maior problema.” Para o espanhol a prioridade é ter melhores motos na equipe fábrica para poder lutar por vitórias. “Se você não está nesse nível, não faz sentido ter duas motos adicionais na pista.”   

Joan Mir começa a temporada 2022 como sua última sob contrato na Suzuki, ainda sem renovação definida. Ele admite que está aberto a conversar com outras fabricantes, mas que “certamente ficará” na equipe se o time atender suas demandas de melhorias na moto.   

 

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