Comparativo 250: Suzuki Inazuma enfrenta Dafra Next, Honda CB 300 e Yamaha Fazer

A Suzuki demorou, mas agora entra na briga das street 250 de um jeito diferente das demais: com dois cilindros e mais conforto

28/07/2014 16:48

Texto: Ismael Baubeta      Fotos: Mario Villaescusa

Para entrar numa categoria estabelecida desde o começo dos anos 2000 pela Honda Twister, a Suzuki entendeu que não poderia simplesmente chegar com mais do mesmo. Assim, criou um modelo com desenho inspirado na B-King 1300, com peças plásticas avantajadas para ganhar “corpo” e um motor de 2 cilindros paralelos. Assim nascia a Inazuma 250.

As concorrentes são Dafra Next 250, Honda CB 300R e Yamaha Fazer 250, todas com motores de 1 cilindro e custando em média R$ 4 mil menos que os R$ 15.900 tabelados da bicilíndrica Suzuki. Nossa pergunta é: a Inazuma terá chance de sobressair diante das três motocicletas já conhecidas e consideravelmente mais baratas?

As quatro motos são semelhantes na posição de pilotagem, embora difiram no conforto. Inazuma e CB são as menos cansativas para rodar por mais quilômetros sem parar. Se o visual da Suzuki parece um pouco “over”, basta subir nela para notar que sua maior virtude é a comodidade do banco largo de espuma macia. Depois de dar a partida e sair, o motor prova que vibra menos que os monocilíndricos. Fazer e Next usam espuma mais dura nos assentos, que depois de algumas horas sacrificam o traseiro.

Outra impressão é que a resposta do motor de 2 cilindros não é tão imediata nas arrancadas quanto nas outras três. Precisa de alguns metros para ganhar ânimo, como nossas medições de aceleração de 0 a 100 km/h confirmam: a Honda deixou (com folga) todas para trás. Na sequência vieram Next, Fazer e Inazuma.

A Suzuki pesa em média 30 kg a mais e o motor precisa vencer a inércia para ganhar rotações sem ser o de maior torque, nem o mais potente... Só não foi a última nas medições de retomada de 60 a 80 km/h. Mais uma vez a Honda foi a mais rápida e a Dafra a mais lenta.

Os tempos de aceleração e retomada da Inazuma não emocionam ao girar o punho, o que é compensado pela ciclística bem acertada, que transmite segurança, inclusive, numa pilotagem mais esportiva. Mesmo sendo a mais gordinha das quatro, basta agarrá-la pela cintura e incliná-la para entrar com precisão nas curvas e manter a trajetória mesmo com irregularidades no asfalto.

Se você procura a mais rápida do segmento, tem que optar pela CB 300R. Quer mais conforto para viajar, mas seu orçamento ainda está longe de uma CB 500F? Pague pela Suzuki e você não terá a mais veloz, mas a de rodar mais agradável. Fazer e Next estão próximas em preço, mas guardam muitas diferenças: a Yamaha é mais econômica e tem o maior tanque de combustível, além da opção flex como a CB; já a Dafra é mais potente e alcança velocidades maiores na estrada, próximas da Honda. Entre as garupas a Dafra destoa e fica na última posição, por causa da espuma rígida do banco e acerto da suspensão traseira que absorve menos os buracos e ondulações do piso.

A matéria completa com todas as medições – aceleração, retomada e frenagem – está na revista Duas Rodas de junho (465).

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