Equipe VR46 entrará na MotoGP com Ducati e pode ter Rossi

Acordo prevê o fornecimento de motos por três temporadas e deixa uma vaga para Rossi pilotar

24/06/2021 10:52

A equipe VR46 confirmou nesta quinta-feira (24) o acordo para compor o grid da MotoGP nas próximas cinco temporadas. A grande dúvida, se seria com motos Yamaha ou Ducati, também foi respondida: será com as motos italianas, para o período de 2022 a 2024.

O time italiano do campeão Valetino Rossi concluirá a compra da Avintia e assumirá seus lugares no grid. Nela já corre o meio-irmão de Rossi, Luca Marini, com uma Ducati 2019 e apoio de patrocinadores da VR46. Marini será um dos pilotos na nova garagem em 2022 e Marco Bezzecchi ainda não foi confirmado com companheiro (atual piloto VR46 na Moto2).  

A especificação das motos não foi anunciada, ao contrário do que ocorreu na divulgação do acordo da Ducati com a Gresini (que deixará a Aprilia) na última semana. Já se sabe que a Ducati continuará fornecendo motos com as mesmas especificações da equipe de fábrica para a satélite Pramac, e em 2022 também para Gresini, totalizando seis motos com o pacote mais atual competindo na próxima temporada.

O objetivo dos italianos era manter ao menos seis motos no campeonato, como vinha ocorrendo nos últimos anos com as satélites Pramac e Avintia, embora esta sempre tenha utilizado motos defasadas em até dois anos. Recentemente, em meio às negociações para fornecimento à Gresini e VR46, o chefe do time italiano Davide Tardozzi afirmou que não seria viável manter oito motos com as mesmas especificações do time de fábrica, o que indica que a VR46 pode continuar correndo com unidades dos anos anteriores.

O futuro de Rossi em 2022 é a última questão a ser respondida. Aos 42 anos, está em sua pior temporada: 19º na classificação do campeonato, competindo pela Petronas Yamaha com a M1 2022. A mesma moto com Fabio Quartararo lidera a temporada com 21 pontos de vantagem, na equipe de fábrica. 

Nesta semana, o chefe do time Petronas afirmou que a saída de Rossi permitirá o retorno à proposta original de desenvolver novos talentos na MotoGP. Por outro lado, ao oficializar hoje a empreitada da VR46 na MotoGP, o príncipe saudita Abdulaziz bin Abdullah Al Saud disse que “seria ótimo se Valentino Rossi pudesse competir nos próximos anos como piloto ao lado do irmão”. 

O príncipe é o principal patrocinador da equipe através de empresas estatais como a petroleira Aramco, que estará na pintura das motos em 2022. O plural “próximos anos” parece excessivamente otimista, mas quem sabe 2022 já esteja nos planos para Rossi, o que certamente ajudaria a equipe estreante a receber atenção dos veículos de comunicação.

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