Jawa retorna para competir com Royal Enfield

Marca de origem checa agora é produzida pelo grupo indiano Mahindra para disputar com a Royal Enfield

23/04/2019 04:04

O retorno da marca Jawa está completando um mês na Índia. Quase 100 revendedores começaram a entregar as motos da pequena produção inicial vendida através de reservas no final de 2018. Com capacidade para apenas 200 motos por turno, agora a Mahindra está ampliando a fábrica dos modelos Classic e Forty-Two. Os direitos de uso da marca de origem checa fundada em 1929 foram comprados pelo grupo automotivo para disputar o mercado indiano de clássicas de baixa cilindrada com a Royal Enfield.    

Embora a fabricante originária de Praga tenha se notabilizado pelas motos 2 tempos, os modelos atuais possuem motores de 4 tempos. O mesmo propulsor equipa as duas motos: 1 cilindro de 293cc refrigerado por líquido, com 4 válvulas e 6 marchas. As formas arredondadas remetem ao passado da Jawa, bem como os dois coletores de escapamento saindo do único cilindro. Rende 27 cv e 2,8 kgf.m para o peso em ordem de marcha de 170 kg. 

Interessante na estratégia da Mahindra é que não pretende levar a Jawa para outros mercados além da Ásia. As motos foram concebidas para o mercado local e os direitos de uso da marca estão restritos à região. A Jawa foi estatizada pelos comunistas e ruiu junto com o regime nos anos 1980/1990. Em 1997 foi comprada por um grupo empresarial que voltou a produzir modelos 2 tempos de 350cc em Praga, motos que seguem as linhas antiquadas da época do encerramento da produção. Por isso há duas Jawa em atividade, a checa e a que foi licenciada por esta ao grupo Mahindra. 

Os indianos podem explorar a marca apenas na Ásia, mas não significa que abriram mão de uma ofensiva ao mercado ocidental. Já adquiriram a finada marca inglesa BSA, que foi a maior fabricante de motos do mundo em meados do século 20. Esta para uso global e mais adequada a modelos de maior cilindrada. São proprietários também da operação de duas rodas da francesa Peugeot. Recentemente a fabricante de scooters mostrou dois conceitos de motos de baixa cilindrada para uso urbano, já sob gestão da Mahindra.              

 

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