22/11/2025 19:38
O site inglês Moto Globo publicou uma reportagem que revisita alguns dos modelos mais icônicos da era dos motores dois-tempos. Em uma pesquisa minuciosa, o jornalista especializado Akshay Acharya destaca como essas motos foram além da mecânica: “Algumas motocicletas são máquinas; outras são lendas. Silenciosas ao mover a economia, alcançando o último quilômetro da cadeia de suprimentos, embalando casais apaixonados ou enfumaçando autódromos — elas fizeram tudo isso”, escreveu.
Acharya lembra que o pós-guerra abriu caminho para a popularização dos motores dois-tempos, uma tecnologia concebida em 1878 por Sir Dugald Clerk a partir de um conceito simples e revolucionário: unir o ciclo de potência e o escape em uma única rotação do virabrequim. Essas motocicletas ajudaram a recolocar o mundo em movimento, influenciaram gerações e moldaram o desenho do motociclismo moderno. Alguns modelos chegavam a entregar 180 cv em motores realmente pequenos.
A reportagem relembra algumas dessas máquinas que se tornaram referência. Confira os destaques:
Yamaha RD350
Lançada nos anos 1970, a RD350 ficou conhecida pelo motor dois-tempos de 347 cm³ que marcou época. O modelo, que já dominou as ruas, hoje é peça valorizada em coleções e conserva o status de mito entre entusiastas.
Suzuki GT750
Primeira motocicleta japonesa com motor três-cilindros dois-tempos e refrigeração líquida, a GT750 ganhou o apelido de Water Buffalo. No início dos anos 1970, combinou força e suavidade, redefinindo o segmento de turismo. Com motor de 739 cm³, tornou-se relíquia meio século depois.
Kawasaki H2 Mach IV 750
Apelidada de “demônio de três cilindros”, a H2 Mach IV entregava 74 cv e câmbio de seis marchas, conquistando fama por sua aceleração agressiva e personalidade indomável.
Honda NSR250
Considerada um dos ápices da engenharia dois-tempos, a NSR250 trazia motor V2 de 249 cm³ e cerca de 45 cv. Leve, precisa e extremamente responsiva, tornou-se símbolo da sofisticação técnica japonesa e hoje é altamente disputada entre colecionadores.
