Longa Duração: Yamaha Crosser 150 mês 8

A pequena trail foi para a estrada novamente, mas desta vez para um percurso mais longo

25/05/2015 11:52

Texto e foto: Vinícius Piva

Meses atrás fiz uma pequena viagem para saber como a Crosser se comportaria. O primeiro contato rodoviário foi produtivo, por isso resolvi aumentar o desafio desta vez e programei um trajeto mais longo, cerca de 400 km para ser cumprido em um dia. O destino? Ilha Comprida, no litoral paulista, quase divisa com o Paraná.

Enchi o tanque de etanol e fui para a estrada, a Régis Bittencourt (BR-116). A primeira parte do trajeto foi sossegada, exceto por uma parada inesperada quando o hodômetro marcava 73 km. Fui obrigado a vestir a capa de chuva porque uma nuvem negra havia se instalado no pé da Serra do Cafezal. Procurei um lugar seguro, parei e me equipei. Voltei à estrada e andei mais 5 km até me deparar com piso seco e sol brilhando. De qualquer maneira, a parada foi boa para dar uma rápida esticada nas pernas. Com 115 km parei novamente, desta vez para comer. Dali não parei mais até o destino, a praia. O painel indicava 203 km rodados e a luz da reserva piscava. A média de consumo foi 26,8 km/litro, andando de punho colado na maior parte do tempo (110 km/h apontados pelo painel).

Descansei por duas horas, admirando a beleza da praia, e peguei o caminho de volta. Aos 60 km fiz a primeira parada para descansar o corpo e segui em frente. Nova pausa só para comer algo, quando já era noite e somava 150 km percorridos do trajeto de volta. Restavam pouco mais de 50 km para o fim da viagem quando começou a chover. Coloquei a capa novamente e, mais precavido, fui devagar para casa. Abasteci novamente e a média atingida, desta vez com gasolina, foi 27 km/litro incluindo a subida da serra.

As duas paradas rápidas em cada trecho foram suficientes para afastar qualquer incômodo com o cansaço e não sentir maiores desconfortos por estar em uma 150. Claro falta força ao motor em algumas ocasiões, como ultrapassagens. Principalmente quando motoristas de caminhão se permitem andar em velocidades acima do permitido e resolvem ignorar os veículos menores. O melhor a fazer é deixá-los seguir. Em trechos planos a velocidade média no painel variou de 110 km/h a 115 km/h. Acima disso, só ajudado por descidas, mas mesmo assim as rotações do motor da Crosser se aproximam da faixa vermelha do conta-giros. Em subidas, o lance é engatar a 4ª e ter paciência para às vezes andar a 90 km/h. Faz parte do jogo.

Viajar com uma 150cc é isso, o importante é estar atento ao momento certo de parar para cuidar do corpo, respeitar os limites de velocidade da moto e saber quando acelerar na faixa da esquerda ou ficar tranquilo na da direita. Com isso em mente, é possível fazer longas viagens com essa pequena aventureira. Eu, pelo menos, me diverti bastante.

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