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08/12/2025 14:40
A empresa Mask Architects, sediada em Olbia, na Sardenha, apresentou um projeto ousado que promete revolucionar a mobilidade elétrica. Trata-se da Solaris, uma moto que, segundo o estúdio, pode se recarregar sozinha por meio de placas solares integradas ao próprio veículo – dispensando tomadas, postos de combustível e infraestrutura de carregamento. O protótipo surge como uma alternativa 100% limpa, baseada exclusivamente em energia solar. Embora ainda não exista previsão de produção, o conceito desperta atenção pelo potencial disruptivo e pela ideia de independência energética.
A Solaris utiliza painéis solares laterais dobráveis, descritos como “asas”, que se abrem quando a moto está estacionada e se recolhem durante a pilotagem. A energia captada abastece uma bateria de lítio considerada de grande capacidade, embora o estúdio não tenha revelado dados técnicos essenciais como autonomia, capacidade (kWh) ou tempo estimado de recarga. Segundo informações do site espanhol Híbridos y Eléctricos, a proposta é oferecer um veículo totalmente livre de cabos e carregadores convencionais, mas especialistas apontam que a viabilidade depende de avanços significativos na eficiência dos painéis solares e das baterias.
Os renders divulgados apresentam um design futurista, mas também levantam questionamentos técnicos. O motor, descrito apenas como de “alto torque”, aparece em posição incomum, o que pode dificultar a transmissão por correia sugerida nas imagens. Há dúvidas também quanto ao sistema de suspensão traseira complexo, com braço oscilante em alumínio e carbono e um monoamortecedor instalado de forma pouco convencional. Apesar disso, a estrutura frontal com garfo telescópico e chassi tipo ponte aparenta ser mais factível. Como grande parte do material é apenas modelagem digital, muitas soluções ainda dependem de testes reais.
O maior desafio, contudo, está na física: com a tecnologia atual de painéis fotovoltaicos, carregar uma bateria de 5 a 10 kWh apenas com energia solar pode exigir mais de 10 horas de exposição direta ao sol, o que limitaria drasticamente o uso diário. A recarga regenerativa durante a frenagem não seria suficiente para compensar essa demanda. Ainda assim, a ideia central é sedutora — uma moto que se abastece de graça, sem emissões e com total autonomia energética. Por ora, a Solaris permanece como um conceito inspirador, dependente da evolução tecnológica e de um parceiro industrial que aceite levar o projeto das telas para o asfalto.
