MEDIÇÃO NA PISTA: HONDA CB 1000R BLACK EDITION

Veja, na prática, os resultados das mudanças da nova CB 1000 em relação à versão anterior (o vídeo está disponível em nosso canal)

03/06/2022 15:21

Em novembro de 2018, a Honda Brasil levou um grupo de jornalistas à Itália para visitar o Salão de Milão e, o melhor, testar a nova CB 1000R.
Esse último modelo vinha bem mais forte do que o antigo e ainda trazia eletrônica mais segura, com controle de tração, empinada, freio motor e sistema ABS.
Ficamos apaixonados pela moto, pois esbanjava muita performance e, ao mesmo tempo, conforto. 

Há dois anos e meio, escolhi o modelo para ser minha moto de pista. Tenho um projeto que levo as garupas em uma volta rápida, e essa é, sem dúvidas, a melhor ferramenta do meu curso de pilotagem. Pela primeira vez, fiz o projeto Twin Racers com uma Naked, pois a CB1000R anda muito na pista e me dá muito conforto para levar mais de 30 garupas por dia, fora a robustez mecânica. É impressionante!

Agora, a marca fez uma reformulação nesse projeto, acertando alguns pontos estéticos e de pilotagem.
O mais nítido é o farol, continua arredondado, porém mais ovalado. Junto com uma proteção do painel, que dá um acabamento muito legal com farol. 


Destaques...

Continuando a olhar a motocicleta, as rodas destacam muito, com mais “palitos” ficou com ar mais agressivo e o pneu novo Michelin Power 5 completou esse novo visual. Sem falar nas novas aletas e proteções do radiador.  De longe, parece ser a mesma CB1000R. Mas, olhando os detalhes, percebemos muitas mudanças.

O painel maior TFT, está bem diferente, como também os comandos no punho esquerdo. As regulagens são diferentes e de fácil customização nos modos que podemos fazer ao nosso gosto. Ainda com aplicativo apenas em Android, você pode baixar o programa da Honda para ter informações sobre a moto, viagem e até compartilhar a navegação no painel.

A Versão Black Edition é bem impactante. Todo tratamento em preto, até nas bengalas, aletas e partes mecânicas.
Ao subir na moto, o painel e a mesa superior chamam a atenção. O acabamento também melhorou bastante.
Em nossos testes, queríamos colocar lado a lado a versão passada e a atual para ver, na prática, como se comportariam. Ao ligar, já dá para ouvir uma leve diferença do som do motor, na versão atual mais ardido e explosivo. O motor não teve alterações, porém o sistema de injeção foi recalibrado, assim como ignição e mais alterações no escapamento. Não na ponteira e sim no catalizador abaixo da moto.

Com isso, o motor está um pouco diferente. Veio 1,4 cv e o torque máximo elevou em 250 rpm, mudando o comportamento da moto.
Pode parecer pouco, mas como andei primeiro com o modelo antigo e fiz todas as medições, assim que peguei a nova versão, a diferença foi muito sensível. Não é uma nova muito, mas está melhor!

Logo que subi na Black Edition e sai do box para esquentar os pneus no Autódromo Capuava, a diferença de agilidade foi bem perceptível. A mudança de rodas e pneus trouxe uma agilidade considerável. A moto está rápida e leve em mudanças de trajetória, também inclina bem mais fácil nas curvas. Ao acelerar na saída de curva, o motor em média empurra com mais vigor. Senti bastante diferença nas retomadas e em toda saída de curva.

Quando fiz o 0 a 100km/h, as duas cravaram a mesma marca de 3.5 segundos. Nas frenagens, leve melhora do novo modelo em relação a melhor aderência do pneu, sendo que o sistema de freio é o mesmo. Mas, falando em sistema de freio, é um dos pontos altos deste modelo, freia muito!
Quando sai para volta rápida, de cara a moto passa muito mais confiança. A leveza e maior aderência fazem com que as curvas sejam contornadas de fora mais rápida. Como disse, também a retomada em cada ponto da pista é mais explosiva. Com isso, a média das voltas foi 2 segundos mais rápida que a versão antiga. Em uma pista não tão grande, é uma diferença muito boa.

Naked ou esportiva?

A moto é tão eficiente que se igualou a Kawasaki ZX10R quando fizemos o comparativo das esportivas. Isso com os pinos da pedaleira que ainda limitam bastante.
Muito também veio pelo sistema de troca de marchas rápidas para aumentar e diminuir, o quick shifter. Nessa versão Black Edition, ele vem de fábrica e está muito bem acertado, melhorando o conforto e, principalmente, o desempenho na pista. Está com engate macio e extremamente rápido.

Para quem gosta de esportividade, a CB entrega muito. Eu desliguei o controle de tração para sentir bem a moto. E é empolgante! A frente sobe em todas as saídas de curva. É uma moto ótima para usar no dia a dia e, principalmente, para curtir estradas sinuosas e também track day. Muitos vão se admirar em ver o quanto ela pode andar na frente de muita moto esportiva. 

Na mesma categoria, hoje a Street Fighter é a mais potente. Porém, muitas vezes, a CB já entrega muito e conseguimos aproveitar melhor isso no chão. 
Em cursos da Honda, o Red Rider, é muito legal ver as pessoas que nunca pilotaram saindo maravilhadas após o primeiro treino. A CB 1000R surpreende, principalmente no custo beneficio. A versão normal vem por R$71.990 enquanto a Black Edition sai por R$79.990.   
Confira no vídeo em nosso canal com todas as medições na pista.

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