MotoGP em junho e desenvolvimento de motos parado até 2021

GPs da Itália e da Catalunha cancelados empurram o calendário da MotoGP 2020 para junho

07/04/2020 11:04

Nesta terça-feira (7) o calendário da MotoGP sofreu mais duas baixas devido à pandemia de coronavírus. Com a inviabilização dos GPs da Itália e da Catalunha o início da temporada foi adiado para o final de junho. Seria o GP da Alemanha, no dia 21 de junho, seguido do GP da Holanda na semana posterior.    

Com 15 etapas mantidas, já incluindo reagendamentos de etapas para o final do ano, a realização do campeonato 2020 está cada vez mais ameaçada. São necessárias ao menos 13 etapas para homologação do campeonato mundial pela Federação Internacional de Motociclismo.

A organizadora Dorna já considera recorrer a uma cláusula do contrato com a FIM que permite invocar motivo de "força maior" e realizar menos etapas. O CEO Carmelo Ezpeleta admite que a realização das próximas etapas na Europa é improvável devido ao fechamento de fronteiras. E que um cenário possível seria a realização de cerca de cinco etapas a partir de setembro, a depender de uma evolução positiva da pandemia, ou mesmo o cancelamento da temporada 2020.    

Diante das condições ainda desfavoráveis para a retomada do campeonato, a organização confirmou que ocorrerão novas etapas virtuais. Pilotos da categoria disputam através do game oficial da MotoGP, assim como vem ocorrendo em categorias do automobilismo: F1, Nascar, Indy...

Outra medida foi um acordo com todas as fabricantes para que o desenvolvimento das motos fique congelado em 2020. Isso significa que as motos desenvolvidas para esta temporada, e ainda não utilizadas, serão as mesmas em 2021. 

O acordo assegura uma redução de custos em momento delicado para as finanças das fábricas. Vendas estão praticamente paradas, mas as equipes pagam funcionários sem receberem das patrocinadoras. Além disso, não haveria lógica em modificar algo que não foi usado e avaliado, nem provavelmente haveria tempo hábil no segundo semestre para mudanças. 

A medida atinge em especial motor e aerodinâmica de Ducati, Honda, Suzuki e Yamaha. KTM e Aprilia ainda possuem concessões como “novatas” que não frequentam o pódio, o que as permitiria modificar os motores na busca por reduzir a distância dos líderes.    

 

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