Twister 2019 ganha freios combinados CBS, e mais...

Modelo 2019 da Honda CB 250 fica mais equipado e tem custo-benefício mais competitivo

10/09/2018 12:00

Para a linha 2019 a Honda apresentou nesta segunda-feira (10) uma CB 250 com mais tempero no visual e relação custo-benefício mais interessante. E, boa notícia, adicionou equipamentos e evoluções técnicas acréscimo nos preços das duas versões. 

Começando pelo que já é possível identificar visualmente, a cor laranja famosa nas CBR e RC213V da MotoGP é uma das quatro novas opções bicolores. Este padrão de laranja com preto também estreia nas CB 500 e 650 2019, mas diferentemente dos modelos de maior cilindrada na Twister a nova cor foi incluída também nas rodas e se destaca ainda mais. As opções são vermelho com preto, branco com preto e prata com preto. O laranja é exclusivo da versão ABS, o vermelho disponível nas duas versões, o branco e o prata apenas para a versão de entrada. 

Ao virar a chave de ignição o painel LCD blackout, de fundo preto, revela duas novas funções: agora exibe os dados de consumo médio e instantâneo. As luzes de direção com lentes mais retas e finas passam a ser de LED, como a lanterna traseira cristal (o farol é o mesmo, com lâmpada incandescente). 

Upgrade nos freios

As pinças de freio douradas reservam outras novidades. Para a versão topo de linha ABS o módulo do sistema antitravamento foi atualizado com um processador mais rápido (a Honda não informou quanto), que mantém a programação já existente. Na prática isso significa que pode responder com mais rapidez à leitura de velocidade das rodas e assim apresentar um funcionamento refinado, corrigindo variações entre elas antes de se aproximar o momento do travamento. Apesar das atualizações o preço da Twister ABS 2019 foi reduzido em R$ 540, passando de R$ 15.530 no modelo 2018 para R$ 14.990. A concorrente Yamaha Fazer 250 ABS (versão única) é vendida por R$ 15.290.

Já a versão standard deixa de existir. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determinou que em 2019 as motos de baixa cilindrada, até 300cc, também deveriam oferecer sistema de freio com algum tipo de assistência para elevar o nível de segurança, podendo ser o antitravamento ABS ou o de atuação combinada também conhecido como CBS (algumas marcas criam outras nomenclaturas). 

Como o impacto do custo do ABS é proporcionalmente elevado sobre o preço de uma moto de baixa cilindrada, em vez de manter apenas a versão topo de linha a Honda optou por fazer o upgrade da standard incluindo o CBS. O custo do sistema é inferior ao do ABS porque não inclui componentes eletrônicos importados, mas há despesas com a inclusão de uma linha hidráulica adicional e troca da pinça de freio dianteira pela de três pistões – que foram absorvidas pela Honda para que o preço da Twister CBS se mantivesse R$ 13.990 como na antiga versão standard.

Por que CBS?

O sistema já é conhecido de outros modelos CBS com freio a disco traseiro. Ao se acionar o pedal de freio, parte da pressão hidráulica é direcionada a um duto adicional ligando o sistema traseiro à pinça dianteira. Então um novo terceiro pistão de menor diâmetro na pinça da frente, entre os dois que já existiam, aciona automaticamente a pastilha. Portanto, quando só o freio traseiro for usado uma parte da pressão é transferida para a dianteira para equilibrar e aumentar a eficiência da frenagem, reduzindo também o risco de travamento. 

O objetivo do sistema CBS é corrigir o vício de não se usar o freio dianteiro, que é o mais potente da moto, por medo de travamento ou falta de experiência na combinação do uso com o traseiro. Uma pequena proporção de pressão é aplicada à pinça dianteira pelo sistema CBS, cerca de 30% sobre o pistão menor, enquanto o uso da alavanca do freio dianteiro aciona só os dois pistões maiores, então não é preciso temer por travamento da frente causado pelo CBS. 

A Honda argumenta que além do preço menor, a versão CBS beneficiará mais quem tem pouca experiência ou detém menos técnica de frenagem e por isso só utiliza o freio traseiro. Assim a versão ABS continuaria sendo a mais segura para motociclistas que já modulam os dois freios e usam a maior capacidade de frenagem do sistema dianteiro.          

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