04/11/2013 16:35
A Honda CB 650F 2014 apresentada nesta segunda-feira (4) no Salão de Milão marca uma revisão na proposta da naked. Além de perder o nome “Hornet” e receber uma atualização estética, uma série de mudanças mecânicas a torna mais “comportada” e urbana. O motor agora de 649cc, ainda de 4 cilindros em linha com 16 válvulas, ganhou curso de pistão e um novo acerto que privilegia uma curva de torque mais linear em baixos e médios regimes, especialmente abaixo de 4.000 rpm. A nova proposta da CB claramente a distancia do caráter esportivo e a aproxima de concorrentes como Yamaha XJ6 e Suzuki Bandit.
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“O pico de potência estava fora das prioridades. Aceleração e retomadas fortes, assim como a redução do consumo nas viagens em velocidade de cruzeiro eram nossos focos”, explica o comunicado da Honda à imprensa. Assim, o motor da nova CB 650F passa a render 87 cv a 11.000 rpm e 6,4 kgf.m de torque a 8.000 rpm (antes atingia 102 cv a 12.000 rpm e 6,5 kgf.m a 10.500 rpm, evidenciando que o bom desempenho dependia de altas rotações). Ainda segundo o comunicado, o motor se caracteriza pelo comportamento “suave em qualquer rotação” e a “facilidade de uso”, exatamente o oposto do que ocorria com Hornet, que carecia de torque em baixas e médias rotações e entregava a potência de forma abrupta a partir de 8.000 rpm.
O chassi de alumínio passa a ser de aço em vez de alumínio e com isso a nova moto pesará 18 kg a mais. A posição de pilotagem também foi revista com foco no conforto, imprimindo um posicionamento menos curvado para frente e com guidão mais largo. O freio dianteiro foi aparentemente o único item que ganhou em especificações sobre o modelo anterior, ainda à venda no Brasil: os discos de maior diâmetro têm 320 mm no lugar de 296 mm e o ABS continua um opcional. As mesmas mudanças sofridas pela CB foram replicadas na versão com carenagem CBR 650F. Atualmente, o mercado brasileiro é o maior comprador de Hornet no mundo – que é produzida na Itália e enviada desmontada para o país. A mudança no exterior inevitavelmente impactará o modelo nacionalizado, embora a Honda do Brasil ainda não comente o assunto.
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