Phelon & Moore renasce na EICMA 2025

Ela tinha ido à falência em 1967, mas retorna agora durante a EICMA 2025 anunciando uma big trail em parceria com o estúdio Pininfarina

31/10/2025 07:10

A tradicional marca britânica Phelon & Moore marcará presença no EICMA 2025 com duas novidades que destacam o melhor do design e da engenharia do Reino Unido. O primeiro lançamento é a Capetown 7X “design by Pininfarina”, uma edição limitada a 595 unidades que une a precisão mecânica britânica à elegância italiana. Derivada da aventureira Capetown 7, a nova versão recebeu componentes aerodinâmicos desenvolvidos em túnel de vento, detalhes em alumínio e fibra de carbono usinados em bloco e uma pintura comemorativa dedicada aos 95 anos da Pininfarina, inspirada no icônico modelo Modulo.

A Phelon&Moore nasceu em 1900, na Inglaterra, quando seu fundador Joah Carver Phelon patenteou uma solução incomum para a época: o quadro de motocicleta sem tubo inferior, que integrava o motor como parte estrutural do chassi. Essa ideia, revolucionária, reduzia peso, aumentava a rigidez e se tornaria marca registrada das motos Phelon — e, mais tarde, das lendárias Panther.

Em 1904, Phelon se associou a Richard Moore, formando oficialmente a Phelon & Moore. A partir daí, a empresa começou a produzir motocicletas robustas, com foco em durabilidade, torque e confiabilidade — características que logo a tornaram referência entre motociclistas britânicos e forças armadas.

Panther: o coração da marca

O nome Panther surgiu na década de 1920 e rapidamente se tornou sinônimo da Phelon & Moore. O modelo Panther 500, e mais tarde o Panther Model 100, ficaram conhecidos pelo motor monocilíndrico inclinado a 45°, que criava uma silhueta inconfundível. Essas máquinas eram duráveis, de manutenção simples e ideais para longas distâncias — o oposto das esportivas nervosas da época.

Nos anos 1930 e 1940, as Panther eram usadas por mensageiros, sidecars e até forças militares britânicas. Durante o pós-guerra, tornaram-se símbolo de confiabilidade, especialmente entre viajantes e correios do Reino Unido.

O declínio e o renascimento

Com a ascensão das motos japonesas nas décadas de 1960 e 1970, mais leves, econômicas e tecnicamente avançadas, a Phelon & Moore não conseguiu acompanhar o ritmo da inovação global. Fiel à sua engenharia clássica, a empresa resistiu quanto foi possível, mas encerrou as atividades em 1967, após quase seis décadas de produção contínua. O nome Panther permaneceu vivo entre colecionadores e clubes dedicados, como o Panther Owners Club UK, que até hoje preserva e restaura os modelos históricos.

55 anos se passaram, até que entusiastas britânicos adquiriram os direitos da marca e iniciaram um projeto de revitalização, com o objetivo de trazer de volta a essência da Phelon & Moore — motos elegantes, potentes e com caráter marcante — mas adaptadas à era moderna. O primeiro fruto desse renascimento é a Capetown 7X, desenvolvida em parceria com a Pininfarina, e a nova linha Brighton, que combina herança estética com engenharia atualizada.

Essa linha inclui modelos Classic, composta por três versões: Brighton 6 Roadster, Brighton 6 Scrambler e Brighton 125. Os modelos reinterpretam o charme retrô com tecnologia contemporânea, motores eficientes e recursos de ponta, como painel TFT com conectividade, freios ABS Bosch e iluminação full LED. Com esses lançamentos, a Phelon & Moore traz de volta o espírito autêntico do motociclismo clássico — agora reinventado para os tempos modernos.

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