Primeiras impressões: nova BMW S 1000 RR no Brasil

A superbike muda radicalmente para ficar mais ágil e compacta, além de otimizar o torque disponível para facilitar a pilotagem

22/10/2019 11:10

Nesta nova geração a superbike da BMW ficou mais fácil de pilotar. Compacta, 11 kg mais leve, bom torque disponível numa faixa de rotações ampliada, evitando a manutenção obrigatória de altos regimes. A eletrônica embarcada (também atualizada) ajuda na condução esportiva e não é preciso ser piloto profissional para extrair grandes desempenhos.

Esqueça a potência em altas rotações, ao menos no Autódromo Fazenda Capuava, em Indaiatuba (SP), bastou escolher uma marcha e explorar o torque abundante desde médias rotações. Percorremos quase todo o circuito, que acompanha o relevo do terreno, de forma rápida e suave. A potência máxima a 13.500 rpm só foi necessária em alguns pequenos trechos, principalmente na reta principal. 

O novo motor mantém a arquitetura de 4 cilindros em linha com 999cc. Emagreceu 4 kg e a grande novidade é o comando de válvulas variável que a BMW batizou de ShiftCam. Funciona com dois perfis de cames para as válvulas de admissão, que são trocados para variar o tempo de abertura. Rotações e carga do acelerador estão entre os parâmetros monitorados para determinar a mudança dos cames. Este mecanismo contribui para manter o torque acima de 10 kgf.m já a partir de 5.500 rpm. O pico é de 11,5 kgf.m a 11.000 rpm e de potência, 207 cv a 13.500 rpm.

Nas sequências sinuosas do circuito a agilidade nas mudanças direção surpreende. Cada nova geração das superbikes vem se mostrando notavelmente menor e mais ágil que a anterior, é uma tendência que vemos acentuadamente desde a Panigale, depois na CBR, GSX-R... O novo chassi é mais esguio na região onde o piloto apoia os joelhos, ampliando a movimentação lateral do quadril. É 1,3 kg mais leve que o antecessor. Guidão também ficou mais estreito, acompanhando a redução geral de medidas.

Durante a apresentação local da nova S 1000 RR o vencedor de corridas de MotoGP Alexandre Barros comentou sobre isso. “Antigamente os pilotos ficavam muito afastados do guidão por causa do desenho do tanque de combustível.” O piloto Bruno Corano, de maior estatura, completou: “Hoje nos sentamos bem à frente, o espaço entre banco e guidão diminuiu.”

Na traseira, o braço oscilante teve a massa reduzida e a fixação do amortecedor ao chassi foi alterada. A peça abandona o sistema “Pro-Link” e adota o “Full Floater Pro”, com hastes na parte superior. Agora totalmente vertical, o amortecedor foi afastado do calor gerado pelo motor para se manter na temperatura ideal de funcionamento.  

A nova BMW S 1000 RR está à venda por R$ 91.950, nas cores Cinza Hockenheim e Vermelho Racing. Já a tricolor da versão “M”, de Motorsport, não tem previsão de comercialização no Brasil. Para o país foi escolhida a versão Premium, com assistente de partida em subida, cruise control e manoplas aquecidas. O painel TFT se conecta ao celular por aplicativo da BMW, e possibilita opção por quatro modos de pilotagem. As configurações Rain, Road, Dynamic e Race atuam em resposta do acelerador, freios ABS e controle de tração. Há também o modo Race Pro com três memórias de configuração de cada item, além de freio-motor e anti-wheeling.

 

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