Rossi volta ao Brasil e lamenta ausência da MotoGP no país

Piloto lembra corridas no Rio e se diz triste com falta de corridas do Mundial

18/03/2013 11:46

Por: Marcelo Freire Foto: Mario Villaescusa

O italiano Valentino Rossi lamentou nesta sexta-feira (15) a ausência do Brasil no calendário atual da MotoGP. O piloto veio ao Brasil para o lançamento da nova Yamaha YBR 125 Factor no país e lembrou dos tempos que a categoria correu no Rio de Janeiro, entre 1995 e 2004, no autódromo de Jacarepaguá – recentemente demolido pela prefeitura carioca para a construção de instalações dos Jogos Olímpicos de 2016.

“É uma grande pena que a MotoGP não corra no Brasil, porque todos têm uma ótima lembrança das corridas no Rio, a pista era ótima e as corridas também. Todos se divertiam. Espero que a gente volte no futuro”, comentou Rossi, que também falou sobre a falta de brasileiros no grid da Mundial. “É triste que o Brasil, um lugar onde as pessoas tenham tanta paixão por motocicletas, não tenha um piloto top. Desde Alex Barros a situação ficou um pouco ruim”, falou o italiano, que ressaltou, no entanto, a presença de Eric Granado no Mundial.

De volta à Yamaha depois de dois anos ruins na Ducati, Rossi disse que só pensará no assunto aposentadoria quando seu atual contrato com a Yamaha, válido até o fim de 2014, terminar. “Depois disso, temos a opção de renovar por mais dois anos, então veremos se eu continuarei competitivo e lutando pelas primeiras posições”, disse o piloto de 34 anos. “Eu gosto de pilotar motos no limite e também gosto de desenvolvê-las. Estou em boa forma e com muita motivação e por isso continuo”, completou, quando questionado sobre o que o mantém estimulado na motovelocidade.

O “Doutor” ainda falou sobre voltar a ser companheiro de equipe de Jorge Lorenzo, falou sobre a dupla da Honda formada por Dani Pedrosa e Marc Márquez e fez um balanço das temporadas na Ducati, além de relatar suas primeiras impressões de São Paulo. Veja as respostas do descontraído Rossi na coletiva:

A nova Yamaha M1, em comparação com a Ducati

“É uma moto muito equilibrada, mais fácil e eficiente de pilotar do que a Ducati. Ela permite ser mais rápido nas curvas, porque ela tem mais aderência. Para mim, o maior problema para é frenagem, pois eu freio de maneira diferente do Lorenzo e a moto foi desenvolvida para o estilo dele.”

Sobre a volta da parceria com Jorge Lorenzo

“Nos primeiros anos foi difícil, porque eu era o número 1 da Yamaha e ele chegou bem forte à equipe. Quando você tem um companheiro forte é difícil ter uma boa relação. Mas agora estamos bem. Ele nunca falou algo ruim de mim nos dois anos que eu fiquei na Ducati e também se mostrou feliz que eu voltei. Quando pilotamos juntos, vencemos tudo para a Yamaha, então isso prova que somos uma dupla forte.”

Principais adversários em 2013

“Lorenzo e Pedrosa. Márquez ainda é um ponto de interrogação, porque ele certamente será rápido, mas ainda não sabemos se ele lutará pelo campeonato. Ele impressiona bastante e eu lembro de mim mesmo quando o vejo, porque é o único piloto de 20 anos que chegou à MotoGP depois de ganhar o que eu ganhei quando tinha essa idade.”

Os dois anos na Ducati

“Foi um desafio ser campeão também com a Ducati, porque nunca ninguém venceu com três fabricantes diferentes. Eu tentei, mas perdemos esse desafio. Isso pode acontecer no esporte a motor, infelizmente não deu para vencer dessa vez. Quando você tem que largar abaixo da terceira fila, é muito mais difícil para o piloto. Você enxerga de um ponto de vista diferente. Eu não quero mais enxergar desse ponto de vista [risos], mas tudo vale como experiência.”

Primeiras impressões sobre São Paulo

“É minha primeira vez aqui, ainda não deu tempo de ver muita coisa. Mas vir para o Brasil é sempre legal, as pessoas são felizes, sempre muito simpáticas. O pessoal me contou que é impossível andar de carro em São Paulo, então você precisa de um helicóptero ou de uma moto. Ficamos presos pouco tempo no trânsito e vi as motos passando por todos lados, o que é um ótimo jeito de perder menos tempo entre os carros. Mas a dica que eu dou é para passar devagar, porque alguém pode abrir a porta.”

A primeira coisa que lhe vem à cabeça quando pensa em Brasil

“A seleção de futebol. E as belas mulheres. [risos]”

 

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