São Paulo acaba com faixas exclusivas para motos

Após o fim da faixa da avenida Sumaré, CET confirma o término do espaço exclusivo na Vergueiro e diz não acreditar na segregação das vias

20/11/2013 13:52

Implantado em setembro de 2006 em caráter experimental, os 3 km de faixa exclusiva de circulação de motocicletas na avenida Sumaré, em São Paulo (SP), acabam de ser desativados pela CET, Companhia de Engenharia de Tráfego, órgão que administra o trânsito da cidade. No próximo mês, os 4 km de faixa da Vergueiro também serão excluídos, colocando um ponto final no projeto das faixas exclusivas de motos na cidade.

De acordo com a CET, a motofaixa não aumentou a segurança dos motociclistas. “Os números de acidentes não eram favoráveis. Com a colocação da faixa para o ônibus, estamos ampliando a largura dos espaços de rolamento, o que, somado com a redução de velocidade na via para 50 km/h, certamente diminuirá os riscos para o motociclista”, explica Tadeu Leite, diretor de planejamento da CET.

Conforme dados estatísticos da própria companhia, em 2007, primeiro ano consolidado dos números na Sumaré, foram registrados 50 incidentes, somados atropelamentos e acidentes com vítimas nos veículos. No ano passado, foram 58 ocorrências, isto é, índice 16% maior. Entre 2007 e 2012, aconteceram, em média, 46 acidentes por ano. Nos quase 7 anos de faixa exclusiva, 10 pessoas perderam a vida no local – 4 em 2007 e 6 em 2008.

Em contrapartida ao fim da motofaixa, a CET instalará 26 bolsões do Projeto Frente Segura – 13 em cada sentido da via – nos principais cruzamentos das avenidas Sumaré, Paulo VI e Antártica. Essa ação cria espaços destinados às motocicletas e às bicicletas à frente dos automóveis nos semáforos considerados de risco. Lançada em abril, a Frente Segura colocou até agora mais de 80 bolsões em diferentes regiões da cidade.

“Não acreditamos em medidas segregacionais, temos que buscar mais harmonia entre os diferentes veículos do trânsito, essa é a política dessa gestão”, conclui Leite.

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