Testes da MotoGP terminam com recorde de Lorenzo em Sepang

30/01/2018 10:01

Os três dias de testes oficiais da MotoGP em Sepang, Malásia, terminaram hoje (30) com Jorge Lorenzo e sua Ducati quebrando o recorde da pista. Com 1min58s830 o espanhol foi o único a baixar da casa 1min59, além de ter reafirmado sua dominância em Sepang com a nova Desmosedici GP18 que se adequa melhor a seu estilo de pilotagem. O recorde era do próprio Lorenzo em 2017 com 2min00s606, superado pelo piloto de testes da Ducati Casey Stoner na semana passada.

O segundo melhor tempo nos três dias de testes foi de Dani Pedrosa (Honda) com 1min59s009, seguido de Cal Crutchlow (1min59s052 com a satélite LCR Honda), Andrea Dovizioso (1min59s169 com Ducati), Jack Miller (1min59s346 com a satélite Pramac Ducati), Alex Rins (1min59s348 com Suzuki), Maverick Viñales (1min59s355 com Yamaha), Marc Marquez (1min59s382 com Honda), Valentino Rossi (1min59s390 com Yamaha) e Johann Zarco (1min59s511 com a satélite Tech 3 Yamaha) fechando os top 10. Entre as motos oficiais restantes Andrea Iannone (Suzuki) ficou em 13º com 1min59s615, Aleix Espargaro (Aprilia) em 14º com 1min59s925, as três KTM ocupando da 17ª a 19ª posições com voltas acima de 2 minutos (Pol Espargaro, Mika Kallio e Bradley Smith, respectivamente) e a segunda Aprilia, de Scott Redding, em 23ª. O campeão da Moto2 Franco Morbidelli foi 20º com a Honda satélite Marc VDS (2min00s526, à frente do companheiro e também estreante Tom Luthi com 2min01s126). 

Além das modificações que já havíamos visto em algumas das apresentações das novas motos para 2018, os pilotos testaram intensamente alternativas de carenagens com asas frontais. Exceto pela Ducati, que já usava as maiores asas da MotoGP, a maior parte das fabricantes agora avalia desenhos mais protuberantes e parecidos com o italiano. Pragmático sobre o avanço da moto líder nos testes, Dovizioso diz que as diferenças entre as motos de 2017 e 2018 não são grandes. “Nós melhoramos o ‘feeling’. A frente está um pouco melhor e posso entrar mais rápido nas curvas. Não é tão diferente do ano passado, só a entrada de curva.” 

Já o atual campeão Marquez explica que na Honda – a moto de 2018 não foi apresentada oficialmente com as respectivas mudanças – ainda estão trabalhando em muitas modificações e alternativas. “Temos dois motores diferentes, o que é difícil porque quando o motor é novo precisa de muitos ajustes. Precisamos ajustar a eletrônica para obter mais potência e torque, no ano passado já estávamos no limite [do motor antigo].” Sobre a nova carenagem com asas protuberantes avalia que traz benefícios, mas ainda requer melhor balanceamento da moto para que funcione bem. 

Viñales, que liderou o segundo dia de testes, já aprovou a nova carenagem da Yamaha: “Acredito que vamos usá-la em algumas pistas porque o resultado é muito positivo. Em Le Mans, por exemplo, e nesse tipo de pista onde acontecem muitas empinadas, com certeza pode ser muito positivo.” Rossi completa com as impressões sobre o novo chassi, problema que a Yamaha enfrentou em 2017 ao substituir a bem-sucedida versão de 2016. “Usamos o chassi de 2016 como ponto de partida. É uma evolução de 2016 e gostei muito, porque posso pilotar com mais facilidade. Também nos concentramos em testar dois motores diferentes focando aceleração, e fomos rápidos nas retas. Trabalhamos muito na eletrônica para melhorar a aceleração e reduzir a degradação do pneu.”

 

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