05/08/2021 18:17
Após o recesso de verão no mês de julho a MotoGP retornou à pista nesta quinta-feira (5) com o anúncio de Valentino Rossi de que se aposentará ao fim desta temporada. A coletiva de imprensa de abertura do GP da Estíria, na Áustria, teve o piloto confirmando a saída da Petronas Yamaha para se dedicar à carreira de dirigente na equipe VR46 a partir de 2022.
Aos 42 anos, Rossi está no 26º ano correndo pelo campeonato mundial, no qual foi campeão nove vezes e em todas as categorias: 125cc, 250cc, 500cc e MotoGP, somando 115 vitórias e 235 pódios. “É difícil, um momento triste porque é difícil dizer isso e saber que no próximo ano não correrei. Tenho feito isso há mais ou menos 30 anos!”
O italiano explicou que é preciso obter resultados (está em 19º na classificação da temporada 2021 com a mesma moto que lidera o campeonato pilotada por Fabio Quartararo) e por isso acredita que a aposentadoria será o caminho correto. “É difícil porque tive a chance de correr pela minha equipe na MotoGP, com meu irmão, algo que gostaria.”
Nas categorias 125cc e 250cc Rossi competiu pela Aprilia e na categoria principal com Honda, Yamaha e Ducati. Ele diz que não se arrepende das escolhas feitas na carreira, como os dois anos na Ducati: “não vencemos, mas foi um grande desafio.” E completa que se tivesse vencido, teria sido “histórico” um piloto italiano numa moto italiana.
O piloto também fez um balanço sobre os campeonatos vencidos e elegeu três como os mais importantes da carreira. Os de 2001, o último da categoria 500cc com motores de dois tempos; 2004, quando venceu pela primeira vez com a Yamaha; e 2008, quando já estava “velho” e não venceu nos dois anos anteriores. “Uma carreira normal teria terminado após 2007, mas com a mudança dos pneus para Bridgestone consegui voltar ao topo e brigar com Lorenzo, Stoner e Pedrosa, e vencer mais dois campeonatos.”
Com a decisão de Valentino Rossi, provavelmente se abrem duas vagas na equipe Petronas para 2022. Além da saída de Rossi, o companheiro Franco Morbidelli pode assumir o inesperado assento que ficará livre com a rescisão de contrato de Maverick Viñales na Yamaha.
©Copyright Duas Rodas. Reprodução proibida de textos e imagens, total ou parcial.
