Vídeo: nova Honda CRF 1100L Africa Twin DCT

Como é a experiência de acelerar a nova Africa Twin com câmbio automático

11/10/2021 17:34

Algumas motos abrem um mundo de possibilidades. Tem aquelas que levam a lugares e terrenos que seriam inacessíveis a uma moto comum, as que oferecem mais conforto para longas viagens e até as que surpreendem com tecnologias inovadoras, que depois de experimentar a gente não quer mais ficar sem.

Reunir tudo isso é a proposta da nova Honda CRF 1100L Africa Twin, ou melhor, das duas novas, por que também chegou a versão CRF 1100L Africa Twin Adventure Sports. A versão Africa Twin foca eficiência em uso off-road e a Adventure Sports a pilotagem on-road, o uso touring. 

Podem ser equipadas com câmbio convencional ou DCT, de dupla embreagem, uma tecnologia surpreendente que permite trocas de marcha manuais e automáticas em diferentes modos, para cada tipo de situação. Vamos explicar em detalhes como foi a experiência de acelerar as duas versões.

A CRF 1100 ganhou potência e torque, novos recursos eletrônicos e ficou mais leve. O motor de 2 cilindros paralelos agora tem 1.084cc graças aos cursos maiores dos pistões e produz até 99,3 cv e 10,5 kgf.m. Mais performance em um novo chassi mais leve e compacto: no total a Africa Twin 1100 tem uma redução de quase 10 kg!

Mas a principal evolução da nova CRF 1100 é sem dúvida eletrônica. Começa pelo painel TFT colorido touchscreen de 6,5 polegadas compatível com Apple Carplay e Android Auto.  Nele é possível selecionar seis modos de pilotagem: Urban, Tour, Off-road, Gravel e dois personalizáveis. Eles atuam com uma central inercial IMU que monitora seis eixos de inclinação para ajustar da melhor forma os controles de empinada, de torque e o cornering ABS. Outra novidade é o cruise control, também nas duas versões.   

Testamos primeiro com a Africa Twin, a versão projetada para mais capacidade off-road. O para-brisa é mais baixo e os pneus com câmara facilitam um reparo rápido numa emergência fora de estrada. Pudemos selecionar modo Off-road ou Gravel, que é para cascalho, e ela vai ajustar todos os controles eletrônicos, incluindo o ABS para off-road. Acionamos a tecla “G”, que é um ajuste novo para aumentar a tração da roda traseira. 

E no câmbio DCT pudemos usar as trocas rápidas manuais, pelas teclas junto da manopla esquerda, elevando a marcha com o indicador e reduzindo com o dedão. É bem prático, sem tirar a mão de cima da manopla. A experiência de controle das trocas é a mesma do câmbio convencional, mas muito mais rápida por causa da dupla embreagem, que já deixa a engrenagem da marcha seguinte pré-selecionada. 

E os modos automáticos também funcionam muito bem em uso off-road. Com todos os sensores que a moto tem, até a central inercial ajuda nas decisões do câmbio sobre a troca ideal de marcha. Os modos automáticos são Drive, Sport 1, 2 e 3, que aumentam progressivamente a faixa de rotação para elevar e reduzir marchas. 

A maior parte dos obstáculos passamos usando as trocas feitas pelo DCT justamente para testar essa diferença. É impressionante como esse sistema é inteligente e aplica até as reduções no momento certo! A posição de pilotagem off-road também é um destaque na Africa Twin: o banco e o tanque estreitos na junção ajudam bastante no controle e direcionamento de pé nas pedaleiras. E o guidão tem uma altura ótima para segurar nessa posição, sem ter que se inclinar. 

Nas duas versões a Africa Twin sempre vem com rodas raiadas, que são mais resistentes, e aro dianteiro maior, de 21 polegadas. A segunda versão tem algumas diferenças pensadas para um uso touring no asfalto. Os pneus sem câmara, o para-brisa ajustável é bem mais alto, a carenagem mais larga, o tanque tem uma autonomia elevada e os faróis de curva se acendem em três estágios dependendo da inclinação, instalados abaixo dos faróis convencionais.   

Nela selecionamos o modo Tour e as suspensões já se ajustaram eletronicamente. O câmbio DCT no modo Drive me deixou relaxado para curtir a viagem sem ter que me preocupar com as trocas de marcha. Tremendo conforto! 

A Africa Twin 1100 realmente é um grande passo em tecnologia pensando no conforto e na performance. Com o câmbio DCT ainda soma essa conveniência das trocas automáticas em vários modos, dependendo da situação, mantendo a possibilidade das trocas manuais, que são mais rápidas e eficientes do que nós conseguiríamos fazer acionando a embreagem.   

 

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