Vídeo: teste das novas Honda CB e CBR 650R 2020

Pilotamos os modelos de 4 cilindros que foram renovados e ficaram mais esportivos para 2020

06/04/2020 18:04

Pilotamos as novas 650 pela primeira vez na Itália, antes da chegada ao país. E agora no Brasil, depois da homologação local que resultou em novos ajustes.  

Antes de comentarmos a experiência de pilotagem com CB e CBR dessa nova safra, vamos à explicação do que mudou para o mercado local. Na homologação para as normas de emissões e ruído foi necessário reduzir potência e torque máximos, eliminando parte dos ganhos apresentados no exterior. 

O motor de 4 cilindros com 649cc produz até 88,4 cv a 11.500 rpm e 6,13 kgf.m a 8.000 rpm. Antes, CB e CBR 650F entregavam 87 cv a 11.000 rpm e 6,4 kgf.m a 8.000 rpm. No exterior as novas R somam até 95 cv a 12.000 rpm e 6,5 kgf.m a 8.500 rpm. 

A boa notícia é que as modificações para 2020 também tinham o objetivo de entregar mais torque em médias rotações, como a Honda já fez com a geração atual da CB 1000R, em busca de mais eficiência e diversão em uso urbano. Para isso ocorreram mudanças no motor, com peças mais leves e nova admissão. 

CB e CBR 650R passam a contar com embreagem assistida deslizante, de acionamento mais leve e que evita o travamento da roda nas reduções. No novo painel LCD colorido agora estão indicador de marcha e seleção do controle de tração.   

As respostas do motor ficaram mais rápidas nas saídas de curva, ou seja, para retomada de velocidade. Só faltou o ganho em altos regimes, praticamente eliminado no Brasil. Para uso esportivo, com a troca do sistema de exaustão por outro mais "livre" e sem compromisso com as normas, além da correspondente reprogramação de injeção, o potencial com certeza está lá. 

Montando nas motos, a primeira diferença evidente é o posicionamento mais esportivo, com guidão mais baixo e pedaleiras recuadas. O acabamento também foi melhorado e causa outra percepção em pontos rapidamente notados pelo condutor, como guidão e painel. 

Ponto alto dessa renovação acompanhada do “R” no final do nome, remetendo à linhagem esportiva da Honda, foi a evolução no conjunto ciclístico. Chassi ficou mais rígido e 4 kg mais leve, suspensões Showa têm novas especificações e as pinças de freio dianteiras Nissin são de montagem radial (quatro pistões e discos de 310 mm). 

O garfo invertido de 41 mm tem funções separadas e pistão maior (BPF-SFF), como já se tornou padrão nas esportivas de alta cilindrada. Mas o único ajuste disponível é da pré-carga da mola no amortecedor traseiro. Os cursos são de 120 mm na frente e 128 mm atrás. 

Resultado é um comportamento mais ágil e estável nas mudanças rápidas de trajetória, contornando curvas e em fortes frenagens. Nesta última situação a maior potência do freio dianteiro fica evidente, e é bem acompanhada da atuação do novo garfo invertido: comprimido progressivamente e sem oscilações. 

As novas Honda CB 650R e CBR 650R ficaram mais prazerosas de olhar e de pilotar quando comparadas às antecessoras. A CB 650R 2020 custa R$ 37.900, nas cores prata metálico, azul e vermelho perolizados. Já a CBR 650R custa R$ 39.500, nas cores cinza metálico e vermelho, que reproduz o layout da 1000. 

 

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