Primeiras impressões: pilotamos a esportiva Yamaha YZF-R3

Nosso editor de testes esteve no lançamento oficial da esportiva no Brasil e conta como foi o primeiro contato na pista

04/08/2015 09:32

Texto: Ismael Baubeta

No último sábado (1), fomos ao autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu (SP), testar pela primeira vez a Yamaha YZF-R3, a nova esportiva da marca que chegou para fazer frente à Kawasaki Ninja 300. À época do lançamento desse modelo na Europa, o garoto-propaganda foi Valentino Rossi. Para a apresentação aqui no Brasil, quem veio prestigiar o evento foi o espanhol Jorge Lorenzo, companheiro do italiano na equipe Yamaha da MotoGP. Depois de alguns pegas entre o Lorenzo e meu companheiro de redação e também piloto de testes de Duas Rodas, Leandro Melo, foi a vez de nós, reles mortais, assumirmos os guidões da R3.

Confesso que já havia achado a moto bonita nas fotos, mas pessoalmente ela impressiona muito mais, a identidade com a irmã maior R1 é patente e muito feliz. Os detalhes de acabamento da moto também são caprichados e as cores são um estouro. Haverá duas versões, a standard (R$ 19.990) e ABS (R$ 21.990) e três opções de cor: preta, azul (com branco e cinza) e vermelha (com branco).

Sentei na moto e me ajeitei na posição de pilotagem para sentir a ergonomia. O banco é confortável, a posição das pernas, apesar de levemente recuadas, não incomoda, e o corpo vai levemente inclinado para frente sem comprometer a ergonomia ou forçar os antebraços. A pista de Mogi é bem técnica e pilotar motos menos potentes requer alguns cuidados para poder aproveitar ao máximo o rendimento do motor.

A arrancada da R3 é firme, mas é a partir de 7.500, 8.000 rpm que ela fica mais interessante, até 10.750 rpm, quando atinge os 42 cv de potência máxima. A faixa ideal de utilização é a 9.000 rpm, quando todos os 3,02 kgf.m de torque estão sendo despejados até o pico da potência. É divertido e faz parecer que é mais leve do que os 167 kg.

A R3 mostrou boa ciclística, contorna curvas com precisão e invariavelmente permitiu chegar aos pinos das pedaleiras. Para utilização em pista, sua suspensão poderia ser um pelinho mais dura, resta saber se na buraqueira da rua ela vai absorver tudo o que vier pela frente sem reclamar. Os freios tem bom desempenho e são bem dimensionados, a unidade com ABS permite ótimas frenagens na aproximação das curvas, mesmo quando o sistema entra em ação. O modelo standard sofreu um pouco mais na pista, o manete baixou um pouco depois de algumas voltas, mostrando um leve sinal de fadiga.

Agora a coisa melhorou para quem está atrás de uma esportiva de baixa cilindrada, território de uma moto só até então, a Ninja 300. A concorrência e mais opções de escolha são sempre bem-vindas!

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